O Ministério da Saúde vai acionar a Justiça contra médicos que utilizam redes sociais para divulgar desinformação sobre vacinas. A medida, anunciada neste domingo (16) pelo ministro Alexandre Padilha, prevê ações criminais contra profissionais que espalham fake news e ainda lucram com a venda de cursos, consultas e tratamentos sem respaldo científico.
Segundo Padilha, a pasta atua em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) e também pretende acionar os conselhos regionais de medicina. “Vamos buscar impedir juridicamente que essas pessoas continuem espalhando mentiras e negacionismo. Não aceitaremos que ganhem dinheiro com isso. É o negacionismo aliado à ganância”, afirmou o ministro em publicação nas redes sociais.
De acordo com ele, as ações judiciais devem ter início nesta segunda-feira (17). Além disso, a AGU estuda notificar extrajudicialmente plataformas digitais para exigir a remoção de conteúdos que promovam desinformação e produtos falsamente atribuídos a efeitos das vacinas.
Levantamento do Laboratório DesinfoPop, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que o Brasil é responsável por 40% de todo o conteúdo antivacina da América Latina e Caribe. Entre 2019 e 2021, o número de publicações contrárias às vacinas aumentou mais de 680 vezes. Em 2025, ainda circulam 122 vezes mais que em 2019.
O estudo também identificou 175 tipos de alegações falsas associadas às vacinas e 80 substâncias vendidas como “detox” ou “antídotos”, como a chamada “spikeopatia”, que não possui qualquer comprovação científica.






























