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DIU e Implanon passam a ser colocados pelo SUS na rede pública; saiba como

DIU e Implanon passam a ser colocados pelo SUS na rede pública; saiba como

Foto: Agência Brasil

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O Sistema Único de Saúde (SUS) tem modernizado as ferramentas de planejamento familiar que oferta às brasileiras. A partir de agora, além de preservativos e anticoncepcionais, será incluída a implantação de contraceptivos de longa duração. O cenário, antes dominado pelo dispositivo intrauterino (DIU), deve ser revolucionado com a entrada do método contraceptivo Implanon.

De acordo com o Ministério da Saúde, em poucos meses o Implanon deve superar o uso de DIU, sendo aplicado em até 1,8 milhão de mulheres até 2026 na rede pública. Em contraponto, o número de mulheres que se beneficiam do DIU é menor: apesar do crescimento de 55% desde a pandemia, a colocação do contraceptivo beneficia apenas cerca de 80 mil mulheres por ano.

Especialistas afirmam que a ampliação do acesso aos implantes é crucial. Um estudo da farmacêutica Bayer de 2022 revelou que aproximadamente 62% das mulheres brasileiras tiveram pelo menos uma gestação não planejada.

A procura por contraceptivos de longa duração no SUS aumenta. Para reduzir filas, políticas públicas se tornaram mais flexíveis. Desde 2023, enfermeiros podem inserir contraceptivos de longa duração sem supervisão médica na rede pública, sendo um dos fatores que impulsionaram o aumento da procura.

A inserção do DIU hormonal, conhecido popularmente como Mirena, entre os procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) fortaleceu as políticas de planejamento familiar. Embora o sistema público disponibilize DIUs de cobre, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) incorporou o DIU hormonal ao sistema em janeiro deste ano, especialmente para o tratamento da endometriose. Enquanto o DIU de cobre tem eficácia que varia de cinco a dez anos, o DIU hormonal pode durar até oito anos. O Implanon, por sua vez, apresenta eficácia de três anos.

Como realizar o procedimento de inserção do DIU ou Implanon pelo SUS?

* Procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou hospital público e agende uma consulta ginecológica para planejamento familiar.
* Durante a consulta, você receberá orientação sobre métodos contraceptivos adequados ao seu estilo de vida.
* Caso o DIU seja recomendado, é necessário realizar exames preventivos em clínicas particulares ou aguardar a convocação para o procedimento na UBS, a fim de verificar a estrutura uterina e descartar alergias ao produto. Após o resultado positivo dos exames, a paciente é incluída na fila para inserção.
* Caso o Implanon seja recomendado, a paciente deverá agendar o procedimento e aguardar a convocação para a sua realização.
* A inserção do DIU ou Implanon é um procedimento simples que não requer internação e pode ser realizado na UBS ou em centros de referência.
* Após a inserção do método contraceptivo, é fundamental comparecer às consultas de acompanhamento para avaliação da evolução do quadro de saúde.

O Implanon e o DIU são métodos contraceptivos reversíveis de longa duração. A principal diferença entre eles reside na eficácia: o Implanon apresenta uma taxa de falha de 0,05%, enquanto o risco de gravidez usando DIU varia de 0,2% a 0,8%, dependendo do tipo.

O DIU é indicado para mulheres de todas as idades com vida sexual ativa que desejam evitar a gravidez. Portanto, não há idade mínima para a sua utilização.

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