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Homens negros têm 3 vezes mais risco de morrer por arma de fogo no Brasil, aponta estudo

Homens negros têm 3 vezes mais risco de morrer por arma de fogo no Brasil, aponta estudo

Foto: Reprodução / Folha SP

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Homens negros correm três vezes mais risco de serem mortos por armas de fogo no Brasil do que homens não negros. A constatação é do estudo “Violência Armada e Racismo: O Papel da Arma de Fogo na Desigualdade Racial”, divulgado nesta quinta-feira (20), com base em dados oficiais do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sinan.

Em 2023, o país registrou 32,7 mil homicídios com armas de fogo, sendo que 94% das vítimas eram do sexo masculino e 80% delas negras. Jovens negros entre 20 e 29 anos são os mais afetados, com uma taxa de 81,2 mortes por 100 mil, número mais de três vezes superior ao de adolescentes e quatro vezes maior que o de adultos mais velhos.

A região Nordeste concentrou quase metade dessas mortes, com uma taxa de 55,8 homicídios por 100 mil. Em 90% dos casos, as vítimas eram negras. 

Bahia (5.209), Pernambuco (2.810) e Rio de Janeiro (2.596) lideram os números absolutos de homicídios armados. Já na taxa proporcional, o Amapá lidera com 111,5 por 100 mil, seguido por Bahia (73,2), Pernambuco (62,0), Alagoas (58,0) e Ceará (52,8).

Nas capitais, os piores índices foram registrados em Macapá (123,5), Salvador (107,5), Recife (74,4) e Maceió (72,9). Em todas, homens negros apresentaram taxas mais altas de homicídios do que os não negros.

A maioria das mortes ocorreu em locais públicos, 49% em ruas ou estradas. Residências somaram 11,6% dos casos, e 26% não tiveram local informado.

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