IBGE apresenta proposta inédita para mapear áreas verdes urbanas no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta segunda-feira (8) uma proposta inédita de mapeamento de áreas verdes urbanas no Brasil. O estudo piloto tem como cidades-piloto Guarulhos (SP) e Palmas (TO), escolhidas por representarem realidades distintas em termos de formação urbana, clima e vegetação.

O levantamento utilizou a definição de áreas verdes urbanas prevista no Código Florestal Brasileiro, que inclui áreas públicas ou privadas de vegetação natural ou recuperada, com funções urbanas que não envolvem moradia ou loteamento. Também foi considerada a classificação proposta pelo Ministério do Meio Ambiente e de Mudança do Clima, que abrange parques, praças e canteiros.

A metodologia combinou imagens de satélite, cartografia colaborativa e a delimitação da ONU-Habitat baseada em densidade demográfica e tamanho da população em áreas contínuas.

Em Guarulhos, foram identificados 7.096 hectares de áreas verdes urbanas (45% da área urbanizada com entorno de 800 metros do centro). No recorte apenas intraurbano, o índice cai para 6.036 hectares, ou 38% da área urbanizada.

Em Palmas, o total foi de 5.137 hectares (49,1% da área urbanizada considerando o entorno de 800 metros). Mas, quando observada apenas a área intraurbana, as áreas verdes somam 978 hectares, cerca de 10% da mancha urbana. A redução se deve à presença de extensas matas ciliares nos rios que cortam a cidade.

O IBGE afirma que a metodologia, além de simples e de baixo custo, pode servir de base para futuros treinamentos de algoritmos de inteligência artificial, o que permitirá atualizações automatizadas do mapeamento em todo o território nacional.