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Polícia aponta falha de agentes públicos em resgate de naufrágio que matou advogada em Suape

Polícia aponta falha de agentes públicos em resgate de naufrágio que matou advogada em Suape

Foto: Reprodução

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A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) concluiu o inquérito sobre o naufrágio que causou a morte da advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos, e apontou indícios de omissão funcional por parte de agentes públicos envolvidos na operação de salvamento. O documento foi encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para as providências cabíveis.

Segundo o relatório assinado pelo delegado Ney Luiz Rodrigues, o acidente ocorrido no dia 21 de junho, em Suape, foi classificado como marítimo e involuntário, sem indícios de dolo ou culpa atribuídos ao médico Seráfico Júnior, noivo da vítima, que estava com ela na embarcação.

Maria Eduarda estava em um barco à vela, apropriado para águas rasas, quando a embarcação naufragou. O corpo da advogada foi encontrado três dias depois, próximo à Praia de Calhetas. 

A investigação destacou “falhas graves de comunicação e resposta operacional” por parte do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods). O inquérito revela que o acidente foi registrado às 17h08, mas o acionamento do Grupamento Tático Aéreo (GTA) só ocorreu seis horas depois, comprometendo o tempo de resposta.

O coordenador do Ciods disse ter acionado o GTA imediatamente, mas a própria corporação negou ter recebido o chamado via Ciods, o que sugere omissão funcional, segundo o relatório.

Também foram constatadas falhas na articulação com a Capitania dos Portos, o Corpo de Bombeiros e o Salva-Mar de Ipojuca, comprometendo a eficácia do resgate. A polícia considera que essas condutas podem configurar crime militar e recomendou apuração de responsabilidade administrativa dos envolvidos.

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